sábado, 3 de março de 2012

Crónicas de uma morte anunciada


Vou fazer duas análises diferentes ao jogo de ontem, porque é impossível olhar para o jogo da mesma maneira com a cabeça e com o coração.

Começando com o coração:  Estou destroçado.

Toda a fé que eu tinha em alcançar um bom resultado evaporou-se logo aos 7 minutos quando Hulk faz o que quer do flanco esquerdo do Benfica. A partir daí, mudou o rumo do jogo. O Benfica toma conta dos acontecimentos e até "oferece" duas bolas de golo ao Helton, até que o Cardozo empata aos 41. Aqui há um dos primeiros casos que, na minha opinião, influenciam o resultado: O Janko faz penalty sobre Cardozo, este, ainda assim, conseguindo finalizar. A Lei é clara, não há lei da vantagem sobre grandes penalidades, por consequente, Janko tinha de ser expulso!

Logo a seguir ao intervalo, acontece algo inédito na minha "vida de Benfiquista" e vejo o Benfica a virar um resultado contra o Porto. Aqui admito que comecei a estar um pouco mais entusiasmado, até que acontecem 2 momentos marcantes do jogo: Sai Aimar tocado e o Benfica começa a jogar futebol directo, bem ao jeito de um Vitória de Setúbal ou de um Beira-mar. Depois sai Rolando e entra James. 
Foi aqui que começaram a pairar os fantasmas da época passada e começo a fazer um filme na minha cabeça cujo título seria: Crónicas de uma morte anunciada. Como bons necrófilos que eles são, não se fizeram de rogados e 6 minutos após a sua entrada, o James empata o jogo. 

A partir deste momento do jogo, foi notório que tanto Jesus como os jogadores "quebraram". Após um par de iniciativas insignificantes do Benfica e como se já não bastasse a saída de Garay por lesão, o Emerson tem uma paragem cerebral e é bem expulso, numa falta cometida quase a meio campo. Aqui, o Jesus sabe-o, o jogo está perdido. Tem Matic no Banco, mas não mexe.

Desesperados e a jogar com o Gaitán a lateral esquerdo, o Vítor Pereira sabe que tem o jogo na mão, tira o Moutinho, põe o Kléber e 1 minuto depois, o Porto faz o 3-2 num lance em que 2 jogadores do Porto estão claramente em fora de jogo. O jesus, numa tentativa Hilariante de mudar o rumo dos acontecimentos, tira o Javi e mete o Nélson Oliveira que, coitado, já só foi a tempo de ver o deboche de mais perto. 3 minutos depois, acaba o jogo.

Eu, sentadinho na minha cadeira, a pouco mais de 15 metros dos adeptos do Porto, sentia-me violentamente sodomizado, a precisar de uma reconstrução Anal.

Aquando da saída de campo dos jogadores do Porto (os do Benfica saíram de maneira tão fugaz que nem me lembro do momento) meio estádio (aquela metade que ficou após o terceiro golo do Porto) assobiava. Eu aplaudia, pois estava ali a equipa que tinha sido mais forte e que mais quisera ganhar o jogo.

Com a cabeça: Fomos prejudicados pela arbitragem ? Fomos, mas fomos acima de tudo prejudicados por nós próprios!

Não foi o Proença que deixou um lateral esquerdo campeão do mundo na bancada.
Não foi o Proença que falhou defensivamente nos dois primeiros golos do Porto.
Não foi o Proença que perdeu a bola que dá o contra ataque para o golo do empate.
Não foi o Proença que lesionou o Aimar e o Garay.
Não foi o Proença que forçou a expulsão do Emerson.
Não foi o Proença que pôs o Gaitán a jogar a lateral esquerdo.
Não foi o Proença que não foi humilde o suficiente e não tentou defender os 3 pontos ou pelo menos o empate.


O Porto foi superior, foi atrás dos 3 pontos. Teve cultura de vitória, raça, querer e ambição. já nós, mais uma vez, fomos os bobos da festa.

 

Terça feira, outro jogo, outra competição. lá estarei para apoiar !

4 comentários:

  1. Concordo com a análise que, resumidamente, diz que fomos roubados e não soubemos ganhar o jogo. Mais importante que isso, é estar lá na 3ª para apoiar. A época não terminou nem está perdida. Será difícil mas não impossível e faz-me impressão ver tanto benfiquista a atirar a toalha ao chão!

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  2. É steve...o problema é que as baterias dos responsáveis máximos viram-se, claro, para o Proença...agora gostava de uma "grande entrevista" do "grande líder" para ele falar do mandato desportivo para que, afinal, explicasse quais os tais erros que foram identificados na época passada e que não se iriam repetir, qual o tal nível de exigência que iria ser implementado, etc etc...

    Por mim basta, são quase 30 anos disto - incompetência pura. Perdemos um campeonato para um treinador ridículo que até se dá ao luxo de deixar um dos melhores jogadores do plantel no banco em todos os jogos... PQP

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  3. Claro que vou lá estar na terça, e contra o Beira-mar e daí em diante...mas vou como quem vai ao teatro...não espero nada desta época...este ano nem a taça da liga nos vale...

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  4. Antes de manifestar a minha opinião , quero dizer que concordo com a análise que foi feita. É certo, que não foi o Proença que deixou um lateral esquerdo campeão do mundo na bancada, etc...Tudo bem! Até aqui estou de acordo, as opções de Jorge Jesus podem não ter sido as mais acertadas. O Jesus, como nós sabemos, gosta de "inventar" neste tipo de jogos, mas, embora o Proença não tenha tido influência em alguns factores do jogo, teve SEM DÚVIDA, influência quando o Álvaro Pereira fez uma falta, (para vermelho, uma vez que Maxi estava na entrada da área e corria sem oposição), e o "árbitro" não mostrou vermelho e sim amarelo; o Proença teve também influência no lance em que Djalma PONTAPEIA descaradamente Witsel na entrada da área do porto, e que seria expulsão, porque, novamente, o jogador do Benfica estava a dirigir-se para a baliza sem oposição. Duas entradas por trás, em lançes de golo, duas expulsões. Agora pergunto: Teria o Vitor Pereira colocado o James Rodriguez, (belíssimo jogador) com menos 2 jogadores e com o resultado empatado? Acho que não.
    De qualquer forma, eu ACREDITO que este ano ainda vamos ter uma alegria enorme e ver o porto "escorregar" com Braga e Sporting e quiçá Nacional e ver o Benfica a somar pontos em jogos complicados em que todos esperam que perca...AMO-TE BENFICA!!

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